quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sobre O diário de Anne Frank




Olá leitores (que nem sei quem são, ou quantos são...nem sei se são)!
Antes de qualquer coisa, não esperem do texto abaixo, uma resenha do livro.

No dia 22/05 iniciei a leitura do livro "O diário de Anne Frank" e estou nas ultimas páginas hoje (29/05). Apesar da curiosidade imensa de terminar esta leitura, passei alguns dias sem pegar no livro por conta dos textos da faculdade, já que é final de semestre e as provas vem aí.

Anne quando escreveu o livro era uma adolescente e o livro em questão foi seu diário, então, houve muito mais relatos de crises da idade, como por exemplo; namoradinhos, descoberta da sexualidade, ânsia pela atenção do pai, do que um relato de guerra. Eu cheguei a este livro por conta da síntese "Anne Frank era judia e durante a segunda guerra mundial viveu por um período com sua família num esconderijo secreto".

Bom, mesmo assim eu gostei demais da leitura. Anne e eu temos algumas semelhanças. Nas ultimas páginas, ela diz: "Quero continuar vivendo depois da morte!" Ela se referia a escrita. Eu sempre disse que quem escreve não morre nunca (e provavelmente muita gente já disse isso). Sempre que alguém ler o que foi escrito, o autor vive novamente. Ela por exemplo, na ultima semana, esteve viva pra mim. Tão viva que eu quase pude responder quando ela escrevia linhas intermináveis sobre o Peter.

Bom, mas agora eu realmente estou interessada em aprofundar minha pesquisa sobre a segunda guerra mundial, então, provavelmente as próximas postagens serão sobre isso.

**02/06/2013 00:34hs**



Terminei de ler "O diário de Anne Frank" no dia da postagem acima. Quando eu comecei, me disseram para que eu preparasse lenços de papel para as lágrimas, porém, não derramei uma lágrima se quer. No entanto, nas ultimas páginas do livro, que não foram escritas pela autora em questão, tive uma sensação de estar aprisionada, como aquelas duas famílias que ficaram cerca de 2 anos no "anexo secreto". O trecho que me deu tal sensação de panico (com direito a falta de ar e taquicardia), foi a seguinte:

"Na manhã de 4 de agosto de 1944, entre dez e dez e meia, um carro parou na rua Prinsengracht, 263. Dele saíram várias figuras: um sargento da SS uniformizado, Karl Josef Silberbauer, e, no minimo, três membros holandeses da Policia de Segurança, armados, mas com roupas civis. Alguém deve ter delatado. 
Eles prenderam as oito pessoas que estavam escondidas no Anexo, além de Victor Kugler e johannes Kleiman - mas não levaram Miep Gies e Elisabeth (Bep) Voskuijl -, e pegaram todo o dinheiro e os objetos de valor que encontraram"

Acontece que, após ler o livro, me senti tão intima de Anne, conhecendo tanto da rotina daquelas pessoas confinadas no "anexo secreto" somente pelo fato de serem judias, que quando outra pessoa toma a frente e diz: "Eles prenderam as oito pessoas que estavam escondidas no Anexo" o que me ocorre a mente é "putz, a casa caiu". Depois disso, não houveram mais cartas de Anne (ela chamava de cartas as páginas que escrevia no seu diário. Cartas à uma amiga que ela "criou", a Kitty).

Não direi nada sobre o destino que cada pessoa do anexo teve (vá ler o livro), mas saber que o que eles passaram não foi um caso isolado, me faz ficar sem palavras para descrever o que é tomar consciência disso.