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sexta-feira, 28 de junho de 2013

O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA

Havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém. Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em modesta pensão, onde era admirado e querido. 
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar. 
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, que o homem gostava muito. 
A garçonete chegou próxima a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. 
Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa. 
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o. 
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído a tarefa e retornou à cozinha. 
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam discretamente, para ver sua reação. 
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse:


- O que o senhor deseja? 
Ao que ele respondeu, naturalmente:


- A senhora não me serviu a sopa. 
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo- o:


- Servi sim senhor! 
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos... Todos pensaram que ele iria brigar... 
Suspense e silêncio total. 
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente:


- A senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais! 


MORAL DA HISTÓRIA


Bom seria se todas as pessoas agissem sempre com discernimento em vez de reagir com irritação e impensadamente. 
Ao protagonista da nossa singela estória, não importava quem estava com a razão, e sim evitar as discussões desgastantes e improdutivas, quem age assim sai ganhando sempre, pois não se desgasta com emoções que podem provocar sérios problemas de saúde ou acabar em desgraça. 
Muitas brigas surgem motivadas por pouca coisa, por coisas tão sem sentido, mas que se avolumam e se inflamam com o calor da discussão, isso porque algumas pessoas têm a tola pretensão de não levar desaforo para casa, mas acabam levando para a prisão, para o hospital ou para o cemitério... 
Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar, de deixar por menos ou encontrar uma saída inteligente como fez o homem no restaurante.


"Educar a alma é a alma da educação"


(Meimei, psicografia de Divaldo Pereira Franco)

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Sobre O diário de Anne Frank




Olá leitores (que nem sei quem são, ou quantos são...nem sei se são)!
Antes de qualquer coisa, não esperem do texto abaixo, uma resenha do livro.

No dia 22/05 iniciei a leitura do livro "O diário de Anne Frank" e estou nas ultimas páginas hoje (29/05). Apesar da curiosidade imensa de terminar esta leitura, passei alguns dias sem pegar no livro por conta dos textos da faculdade, já que é final de semestre e as provas vem aí.

Anne quando escreveu o livro era uma adolescente e o livro em questão foi seu diário, então, houve muito mais relatos de crises da idade, como por exemplo; namoradinhos, descoberta da sexualidade, ânsia pela atenção do pai, do que um relato de guerra. Eu cheguei a este livro por conta da síntese "Anne Frank era judia e durante a segunda guerra mundial viveu por um período com sua família num esconderijo secreto".

Bom, mesmo assim eu gostei demais da leitura. Anne e eu temos algumas semelhanças. Nas ultimas páginas, ela diz: "Quero continuar vivendo depois da morte!" Ela se referia a escrita. Eu sempre disse que quem escreve não morre nunca (e provavelmente muita gente já disse isso). Sempre que alguém ler o que foi escrito, o autor vive novamente. Ela por exemplo, na ultima semana, esteve viva pra mim. Tão viva que eu quase pude responder quando ela escrevia linhas intermináveis sobre o Peter.

Bom, mas agora eu realmente estou interessada em aprofundar minha pesquisa sobre a segunda guerra mundial, então, provavelmente as próximas postagens serão sobre isso.

**02/06/2013 00:34hs**



Terminei de ler "O diário de Anne Frank" no dia da postagem acima. Quando eu comecei, me disseram para que eu preparasse lenços de papel para as lágrimas, porém, não derramei uma lágrima se quer. No entanto, nas ultimas páginas do livro, que não foram escritas pela autora em questão, tive uma sensação de estar aprisionada, como aquelas duas famílias que ficaram cerca de 2 anos no "anexo secreto". O trecho que me deu tal sensação de panico (com direito a falta de ar e taquicardia), foi a seguinte:

"Na manhã de 4 de agosto de 1944, entre dez e dez e meia, um carro parou na rua Prinsengracht, 263. Dele saíram várias figuras: um sargento da SS uniformizado, Karl Josef Silberbauer, e, no minimo, três membros holandeses da Policia de Segurança, armados, mas com roupas civis. Alguém deve ter delatado. 
Eles prenderam as oito pessoas que estavam escondidas no Anexo, além de Victor Kugler e johannes Kleiman - mas não levaram Miep Gies e Elisabeth (Bep) Voskuijl -, e pegaram todo o dinheiro e os objetos de valor que encontraram"

Acontece que, após ler o livro, me senti tão intima de Anne, conhecendo tanto da rotina daquelas pessoas confinadas no "anexo secreto" somente pelo fato de serem judias, que quando outra pessoa toma a frente e diz: "Eles prenderam as oito pessoas que estavam escondidas no Anexo" o que me ocorre a mente é "putz, a casa caiu". Depois disso, não houveram mais cartas de Anne (ela chamava de cartas as páginas que escrevia no seu diário. Cartas à uma amiga que ela "criou", a Kitty).

Não direi nada sobre o destino que cada pessoa do anexo teve (vá ler o livro), mas saber que o que eles passaram não foi um caso isolado, me faz ficar sem palavras para descrever o que é tomar consciência disso.